Conheça os 7 melhores passos
para o plantio de soja
Sumário
Existem diversas técnicas que podem colaborar para um plantio de soja eficiente, mas é preciso seguir à risca as etapas necessárias para um bom rendimento.
A produção para alta rentabilidade da soja exige a prática de manejos específicos que devem ser realizados no tempo certo e de forma rigorosa para dar resultados positivos.
Um desses manejos se refere ao plantio da soja, cuja eficiência depende de diversos fatores, como uniformidade na deposição das sementes e população adequada.
Com o avanço das tecnologias de agricultura de precisão, as técnicas de plantio de soja têm cada vez mais avançado, de modo que hoje já se pratica a Plantabilidade 5.0.
É importante que você conheça as várias técnicas que existem para o plantio da soja e escolha a que melhor se adapta para a sua área de produção.
Neste artigo, você verá os 7 melhores passos para o plantio da soja. Boa leitura!
Como é feito o plantio da soja?
O plantio da soja pode ser feito por meio do sistema convencional ou do plantio direto, que tem avançado bastante no Brasil por ser mostrar mais eficiente que o convencional.
No sistema convencional, são utilizadas técnicas tradicionais de preparo do solo, com a remoção de vegetação nativa, aração, calagem, gradagem e em seguida a semeadura.
Esse sistema envolve ainda, após o plantio, a adubação mineral, o controle de plantas daninhas de forma manual ou com capinas e controle fitossanitário de doenças e pragas.
O plantio de soja no sistema convencional, porém, tem reduzido cada vez mais no Brasil, onde o sistema de plantio direto tem trazido resultados positivos em 80% das áreas agrícolas, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
No sistema de plantio direto, é feito um manejo do solo do tipo conservacionista (ambientalmente sustentável) que se contrapõe ao sistema tradicional de manejo.
Ele é fundamentado na ausência do preparo do solo com arado ou grades, e na cobertura do terreno, com a rotação de culturas.
A semeadura ocorre em linhas, por cima da palhada (restos das culturas usadas na rotação), com o uso de uma máquina semeadora.
De acordo com a Embrapa, a produtividade média da soja no sistema de plantio direto é 20% maior que no sistema convencional.
Isso significa que, a cada 5 anos, o produtor ganha, com os mesmos recursos que investe, o equivalente a uma safra, com resultado direto no aumento da sua renda.
O plantio direto favorece ainda à redução do uso de combustíveis e fertilizantes, ao sequestro de carbono, evita a erosão e aumenta a umidade, melhorando as características físicas, químicas e biológicas do solo.
E com o avançar das pesquisas, buscou-se aperfeiçoar a técnica do plantio da soja, chegando hoje ao que se chama de plantabilidade. Leia mais abaixo!
Plantabilidade na cultura da soja
Somente manejar o solo, de forma adequada, com a rotação de culturas e formação da palhada, não é suficiente para se obter uma semeadura e germinação uniformes.
Para isso, é preciso que haja plantabilidade, técnica que consiste na semeadura de acordo com o espaçamento por unidade de área e na profundidade correta no solo.
Assim, a máquina semeadora precisa fazer a deposição de sementes de maneira correta, com disposição longitudinal e espaçamento uniforme entre sementes.
Outros fatores que devem ser levados em conta são a profundidade da semente, que também deve ser uniforme, e a quantidade de sementes conforme a variedade utilizada.
A aplicação correta da quantidade de sementes é de grande importância para a plantabilidade.
Isso porque, se ela ocorrer de forma excessiva, provoca a competição entre plantas e se for abaixo do recomendado há redução de produtividade e aumento de plantas daninhas.
Também são importantes para a plantabilidade da soja, conforme a Embrapa, a deposição de fertilizantes na profundidade e quantidade necessárias
É necessário ainda promover o contato entre o solo e a semente apropriadamente para uma melhor germinação.
Deve-se usar sempre sementes com boa qualidade fisiológica, genética, sanitária e física, e que tenham passado por processo de classificação e tratamento com fungicidas, inseticidas, inoculantes e polímeros.
Ações de prevenção e manutenção da máquina semeadora, com checagem prévia dos equipamentos e acessórios, também são essenciais para garantir a eficiência na operação.
A semeadora faz os seguintes processos: abre o sulco, introduz a semente e fecha o sulco.
Confira mais detalhes abaixo sobre o que você deve fazer para ter um plantio de soja com boas rentabilidades. Essencialmente, você deve seguir 7 passos.
Plantio da soja com maquinário (Fonte: Canal Rural)
Os 7 passos para o plantio da soja
O plantio da soja envolve uma série de técnicas e manejos, com uso de maquinário adequado, que favorecem ao seu bom desenvolvimento e alta rentabilidade na produção.
É importante lembrar que para realizar o plantio você precisa, antes, fazer a dessecação da área de produção para a semeadura no limpo.
Mas para que tudo isso seja feito, além de maquinários adequados, você precisa, juntamente com seus responsáveis técnicos da fazenda, estarem dispostos às mudanças necessárias para uma produção sustentável do ponto de vista econômico e ambiental.
Confira os 7 passos:
1. Tratamento das sementes
O tratamento de sementes de soja é um cuidado fundamental que se deve ter para prevenir que outros problemas ocorram em razão do ataque de pragas e doenças.
2. Preparo do solo e condições climáticas
O preparo do solo, pela técnica do plantio direto, envolve basicamente a correção da acidez por meio da calagem ou da gessagem, e a reposição dos nutrientes do solo.
É recomendável que você faça o diagnóstico sobre a necessidade das aplicações por meio das técnicas de agricultura de precisão, para obtenção de recomendações em taxa variável.
3. Qual o espaçamento para o plantio da soja?
A semeadura da soja pode ser feita com a distância de 40 cm a 50 cm entre linhas e de 5 cm a 15 cm entre plantas em cada linha.
Na distribuição das sementes, há uma distância ideal de espaçamento, também chamado de referência, considerada aceitável quando maior que 50% e menor que 150%.
A distância menor que 50% é considerada dupla, e maior que 150% é falha.
4. Qual a melhor época para o plantio da soja?
Para você saber a época mais adequada para a semeadura da soja, você deve seguir o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) da soja.
Todo ano, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) atualiza o Zarc da soja, que traz informações essenciais para ajudar a reduzir os riscos inerentes à cultura, sobretudo problemas climáticos e fitossanitários, com destaque para a ferrugem asiática.
5. Uso de tecnologias para o plantio da soja
Um dos passos mais importantes para a eficiência do plantio da soja é o uso de tecnologias, sobretudo para aplicação de sementes em taxa variável.
Na agricultura de precisão, as sementes devem ser mais adensadas em áreas com melhores condições de produção, para que assim possam render mais.
6. Velocidade da semeadora da soja
A velocidade com que a semeadora percorre o campo tem grande influência no plantio da soja. Máquinas com velocidade acima do recomendado retiram a precisão da operação.
7. Ações preventivas para o plantio da soja
A eficiência do plantio depende muito das condições do maquinário. As falhas podem ocorrer, por exemplo, no disco de corte, no dosador, na saída do tubo condutor.
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Conclusões
A necessidade de se tornar a atividade agrícola cada vez mais sustentável é urgente e tanto o produtor rural como o profissional de assistência técnica têm um papel primordial nesse desafio.
A recomendação e uso correto de defensivos agrícolas estritamente testados e regulamentos, aumenta enormemente a eficiência do processo produtivo, economizando recursos, diminuindo perdas na lavoura, aumentando a produtividade e garantindo segurança alimentar.
Para isso, é necessário que o profissional responsável pela assistência técnica tenha em mãos os materiais necessários para uma boa tomada de decisão no uso de defensivos e sua recomendação por meio do receituário agronômico.
Consulte o AgroReceita para mais informações.
Sobre o Autor
Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão.
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