Como fazer a consulta dos defensivos mais recomendados por pragas e doenças?

Consulta dos defensivos

A consulta dos defensivos mais recomendados por pragas e doenças deve seguir procedimentos para avaliação sobre o nível de infestação e a busca por métodos alternativos de controle.

A avaliação sobre o nível de infestação de uma doença ou praga é uma atividade que, independente do método, visa o controle por meio da aplicação de produtos fitossanitários.

Tais produtos podem ser químicos ou biológicos e a recomendação sobre qual deles utilizar e a quantidade por hectare deve, de preferência, ser acompanhada de métodos alternativos e manejos do solo que ao longo dos anos favorecem à redução das pragas e doenças.

Para fazer a consulta dos defensivos mais recomendados para determinado alvo ou problema,  você pode utilizar o Compêndio Agrícola do AgroReceita. Veja mais detalhes neste artigo!

Monitoramento de pragas e doenças

O constante monitoramento de pragas e doenças é essencial para o sucesso da consulta fitossanitária, pois é de onde se obterão as informações a respeito do nível de infestação.

Afinal, insetos, fungos e outros patógenos podem estar concentrados em uma determinada área da lavoura ou então espalhados em pontos específicos, de modo que, para saber qual ação deve ser tomada para o controle, é necessário a coleta de dados em campo.

Durante o monitoramento de pragas e doenças, deve-se obter informações em pontos pré-estabelecidos na lavoura, desde antes mesmo do início do plantio, para que ações preventivas sejam realizadas, a exemplo da dessecação para plantar soja.

E, por isso, ter conhecimento sobre o histórico de infestações, tipos de plantas daninhas, insetos e outros patógenos, bem como seus locais, é essencial para um planejamento ideal.

Cada cultura agrícola possui um manejo convencional de pragas e doenças que deve ser seguido em cada etapa do seu desenvolvimento durante uma safra – e isso vale tanto para culturas anuais quanto perenes.

No caso dos grãos, como soja, milho e sorgo, esse manejo pode ser feito com base no recomendado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para o MIP (Manejo Integrado de Pragas).

O MIP é um conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle.

Dentre esses métodos, estão o cultural, o biológico, o físico, o legislativo, o mecânico e o químico, os quais visam prevenir ou reduzir o dano econômico.

Nesse contexto, a consulta fitossanitária, para obter maior sucesso, precisa incluir as avaliações a respeito das atividades para atender ao MIP, pois assim será possível ter uma ideia mais completa e sugerir possíveis ações de controle mais abrangentes.

Fatores que contribuem para aumentar ou diminuir pragas

A consulta fitossanitária deve incluir o conhecimento sobre os fatores que favorecem o aumento ou diminuição das pragas. Veja abaixo algumas delas: 

Práticas que aumentam a população de pragas

  • Plantio de uma mesma espécie, no mesmo local e de forma consecutiva;
  • Desrespeito ao vazio sanitário, quando a lavoura fica sem plantas vivas cultivadas ou voluntárias e restos culturais;
  • Uso de tecnologia de aplicação inadequada;
  • O não uso do MIP;
  • Uso de cultivares suscetíveis à pragas;
  • Presença de plantas hospedeiras na entressafra e nas proximidades da lavoura;
  • Manejo inadequado de plantas daninhas;
  • Aplicações de agrotóxicos calendarizados e sem realizar o monitoramento;
  • Uso do mesmo princípio ativo do inseticida sem fazer a rotação.

Por isso, é importante ter conhecimento não só sobre o estado atual da área, como também o seu histórico, e os dados, se possível, devem estar digitalizados para que possam ser melhor analisados e, a partir disso, serem tomadas decisões para melhorar a lavoura.

Práticas que contribuem para diminuir pragas

  • Realizar o manejo adequado do solo, com a rotação de culturas e o plantio direto;
  • Conhecer os fatores de clima e solo: temperaturas altas (30 a 32ºC) aceleram o desenvolvimento das formas jovens de insetos; já a umidade do ar e as chuvas podem ser favoráveis ou não para determinada espécie de inseto;
  • Tipo de solo combinado com a chuva: solos arenosos e com baixa umidade permitem surtos da lagarta-elasmo, tanto em gramíneas como em leguminosas, no início do desenvolvimento;
  • Realizar a dessecação antes do plantio;
  • Rotação de culturas ou a divisão de grandes áreas contínuas que contenham apenas uma cultura, formando um mosaico com diferentes espécies;
  • Tratamento de sementes antes do plantio;
  • Realização do MIP;
  • Conhecer e preservar os inimigos naturais das pragas, bem como criar condições para que eles possam ser preservados.

É obrigatório emitir laudo fitossanitário?

Na consulta fitossanitária, a obrigação de emissão de um laudo fitossanitário é obrigatória para produtores rurais que desejam fazer exportação. 

Neste caso, emite-se o CFO (Certificado Fitossanitário de Origem), documento que atesta a sanidade de vegetais (frutas e mudas) sujeitos à certificação desde a origem dentro de um mesmo estado, e é necessário ainda para emissão de Permissão de Trânsito de Vegetais.

Assim, o CFO é importante para possibilitar o comércio e trânsito dos vegetais sob controle sanitário. Ele favorece também a rastreabilidade dos alimentos.

Para emissão do CFO, é necessário contratar um responsável técnico que fará o cadastro da lavoura junto ao órgão estadual responsável, como unidade de produção.

O CFO é válido por 30 dias.

Usando o AgroReceita para prescrever os defensivos mais recomendados por pragas e doenças

Após o levantamento sobre as condições da lavoura e a necessidade de aplicação de produtos químicos ou biológicos para o controle de pragas e doenças, é preciso fazer a emissão do receituário agronômico para a prescrição dos defensivos agrícolas. 

Apenas para se ter uma ideia de como estar atualizado é de grande importância,  de março a agosto de 2022, as bulas de defensivos químicos e biológicos foram atualizadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) 2.267 vezes.

De acordo com os dados do AgroReceita, das atualizações realizadas, 1.292 foram de revisões únicas. Isso significa que 43% dos produtos atualmente registrados no Mapa tiveram suas bulas alteradas ao menos uma vez. 

Conforme nosso levantamento, os herbicidas foram os produtos que mais tiveram atualizações, seguidos dos inseticidas e dos fungicidas.

Até agosto deste ano, havia no Mapa 31 produtos aguardando inclusão de novos alvos no registro de seus produtos. 

Além das atualizações das bulas, o Brasil registrou 228 novos produtos formulados, de janeiro até o início de agosto deste ano. Ainda existem 881 produtos químicos formulados e 90 orgânicos, biológicos e microbiológicos aguardando na fila de registro para aprovação.

Nesse sentido, é preciso estar sempre atento a essas atualizações de bulas e registros de novos produtos, um trabalho que facilitamos com o AgroReceita.

O sistema torna o processo da emissão do receituário mais ágil e intuitivo, por meio de certificação eletrônica, evitando impressões desnecessárias de papéis.

A base de dados sobre a legislação de produtos químicos é a mais atual possível, o que dá segurança aos profissionais técnicos para a prescrição dos defensivos mais recomendados por pragas e doenças. 

Além disso, a plataforma oferece 14 dias de teste grátis para que você tenha acesso a todas as funcionalidades do sistema.

Conheça as novas funcionalidades do AgroReceita

Recentemente, o AgroReceita disponibilizou  novas funcionalidades em sua plataforma: a guia de aplicação de defensivos; a ferramenta de previsão do tempo e de mapas com coordenadas geográficas.

Com isso, os responsáveis técnicos pela prescrição desses produtos têm a possibilidade de consultar a previsão do tempo e identificar o local da propriedade direto no sistema.

Outro benefício de utilizar o AgroReceita, é que a plataforma permite planejar as atividades em campo e fazer as aplicações, de acordo com as condições climáticas ideais, o que favorece a eficiência no manejo fitossanitário.

No AgroReceita, é possível fazer isso tudo em um só lugar, sem precisar ir para outros aplicativos:

A plataforma possui APIs de integração, onde é feita a troca de informações com o sistema de ERPs (Sistema de Gestão Integrada, na sigla em inglês), retornando os dados de forma rápida e segura para a emissão dos receituários.

O sistema também disponibiliza o  Compêndio Agrícola  para a consulta fitossanitária gratuita e ilimitada dos produtos registrados no Brasil. Ele está disponível nas versões Web e Android.

Através da consulta fitossaniária no AgroReceita, é possível identificar os produtos mais recomendados por pragas ou doenças e os agroquímicos que podem ou não serem comercializados por estados.

Conclusão

Em campo, o profissional técnico que realiza o trabalho da consulta dos defensivos precisa estar atento a vários fatores que contribuem para o aumento ou diminuição das pragas e doenças na lavoura.

Com esse conhecimento, seu trabalho pode ser melhor direcionado e será ainda mais eficiente se houver um histórico da incidência de pragas e doenças no local.

E para que tudo ocorra da melhor forma possível, é necessário emitir o receituário agronômico com base na legislação atual.

Para isso, o AgroReceita, disponibiliza o maior banco de dados de defensivos químicos e biológicos registrados no Brasil, com atualização das bulas desses produtos em tempo real.  

Sobre o Autor

Autor do texto
Mario Bittencourt
 

Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão.

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