Como a agricultura digital aumenta a produtividade das lavouras

O uso de ferramentas tecnológicas é uma realidade cada dia mais presente no cenário agrícola e a tendência é de que domine as ações no futuro próximo

Introdução

Foi-se o tempo em que a agricultura era uma atividade relegada a técnicas simples e antiquadas e liderada por um grupo de pessoas de pouca instrução, através de métodos empíricos e observação.

Hoje em dia o campo revolucionou e as tecnologias assumiram papel de destaque no cenário agrícola, por meio de inovações tanto relacionadas ao operacional de máquinas, quanto aos sistemas de organização e gestão de dados.

Os termos como Agricultura Digital, Agricultura 4.0 e Agricultura 5.0 estão cada vez mais presentes no linguajar do agricultor, assim como as tecnologias descritas por eles.

Nesse artigo, iremos apresentar os conceitos e explorar opções de técnicas e soluções que auxiliam os produtores rurais e responsáveis pelas lavouras a ter sucesso em uma atividade cada dia mais desafiadora, a produção agrícola.

Agricultura digital: a evolução no campo

Quando os primeiros arados puxados à trator substituíram a tração animal, ninguém imaginava que em poucos anos tratores e arados estariam presentes em praticamente todas as propriedades rurais brasileiras.

Da mesma maneira, o que hoje parece tecnologia de ponta e inalcançável à maioria dos agricultores, logo será uma tecnologia comum operada com normalidade por funcionários da propriedade.

São vários os exemplos de tecnologias que têm surgido no agronegócio e que tem se tornado, ou se tornarão, bastante comuns no curto ou médio prazo. Podemos citar:

  • Drones e aviões;
  • Sistemas de localização;
  • Máquinas autônomas;
  • Sistemas inteligentes de irrigação;
  • Estações meteorológicas integradas;
  • Plataformas de medição;
  • Aplicação diferencial de insumos;

Softwares de gestão de dados e financeiros.

Da novidade à necessidade

A agricultura é uma atividade cada dia de maior risco: a margem de lucro é cada vez menor e os fatores de perda ou custo são cada vez menos previsíveis.

Como exemplo, podemos citar a alta variação nos preços de insumos e maquinários a cada ano e as perdas por fatores climáticos inesperados, que muitas vezes nem permitem a colheita planejada. Além disso, a variação do preço de venda de comodities muitas vezes tem risco de queda devido a fatores que fogem ao controle do agricultor.

Dessa forma, as tecnologias atuais passaram de uma novidade ou luxo para uma necessidade do produtor. São elas que permitem um maior controle da atividade agrícola e dos fatores controláveis, aumentando a eficiência de processos e a produtividade no campo

Pensando em diminuir o “gap” da tecnologia digital que existe atualmente entre os pequenos e grandes produtores, a Embrapa lançou este mês o Centro em Agricultura Digital para inclusão de pequenos produtores rurais, com o objetivo de estimular, de forma simples e efetiva, a integração de novas tecnologias aos processos produtivos.

Com isso, além de atender às reais necessidades dos produtores, o novo Centro em Agricultura Digital da Embrapa pretende oferecer capacitação tecnológica,  acelerando a troca de conhecimentos.

Plantação de milho. Foto: Canva.

Soluções digitais do AgroReceita para aumento de produtividade

O AgroReceita é uma plataforma de soluções digitais que visa auxiliar os responsáveis pela prescrição dos defensivos agrícolas em diversas atividades diárias.

Como mostrado acima, muitas dessas atividades precisam ser mais bem planejadas e executadas, visando diminuir erros, aumentar eficiência e propiciar condições ideais para altas produtividades e maior lucro.

Dentre elas, podemos citar as soluções relacionadas à recomendação e utilização de produtos fitossanitários, através da emissão do receituário agronômico, do monitoramento das condições climáticas na propriedade, relatórios de métricas essenciais e CRM, para a melhor gestão das atividades dos engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, responsáveis pelas lavouras. 

Abaixo detalhamos essas tecnologias e como você pode se beneficiar delas.

Emissão de receituário agronômico

Estima-se que cerca de 30% dos custos fixos em um cultivo agrícola são provenientes dos agroquímicos como fungicidas, inseticidas e herbicidas.

Com isso, pode-se notar que qualquer melhoria na eficiência de uso desses produtos pode gerar uma grande economia para o produtor e aumentar sua capacidade de lucro. Além disso, seu uso eficiente pode potencializar a produtividade das culturas.

Apesar das novíssimas tecnologias de aplicação diferencial baseadas em mapas de incidência ou reconhecimento de patógenos/pragas ou plantas daninhas, há outras etapas do uso de agroquímicos que podem ser grandemente melhoradas.

Todo produto a ser aplicado na lavoura deve ser recomendado através do sistema de receituário agronômico. Os profissionais responsáveis por essa prescrição são engenheiros agrônomos e florestais e técnicos agrícolas.

O preenchimento e recomendação de produtos químicos segue regras bastante restritas e qualquer erro pode gerar diversos problemas ao produtor, como, por exemplo:

  • Perdas na lavoura: o uso de produtos errados ou em doses insuficientes podem não controlar eficientemente um problema detectado na lavoura diminuindo grandemente a produção;
  • Fitotoxidez: o uso de produtos em doses altas ou em culturas que não tolerantes a eles pode causar fitotoxidez, queima e morte de plantas, causando sérios danos ao produtor;
  • Multas e processos: uma recomendação equivocada, o uso de equipamentos não ideais ou mesmo de produtos proibidos na região, podem gerar multas e processos ao produtor.

O uso do sistema eletrônico digital do AgroReceita permite maior controle e assertividade na recomendação de agroquímicos, aumenta sua eficiência de uso, diminui os custos desnecessários e pode elevar grandemente os lucros e a produtividade do cultivo.

Com o AgroReceita é possível emitir o receituário de modo online ou offline, sem internet, direto do campo ou de onde você estiver, com assinatura digital. 

Teste grátis o AgroReceita por 14 dias e comece já a emitir suas receitas.

Monitoramento climático

As perdas por intempéries climáticas respondem por cerca de 50% das perdas na produção de produtos agrícolas ao redor do mundo. No Brasil, eventos de seca ou chuva excessiva, geadas ou calor extremo tem sido cada vez mais comuns e tem causado grandes prejuízos ao produtor.

Além dessa influência direta na produção, conhecer as condições climáticas e sua previsão de curto prazo é crucial para diversas atividades dentro da propriedade, como, por exemplo:

  • Decisão de plantio;
  • Aplicação de produtos agroquímicos;
  • Uso de sistemas de irrigação;
  • Previsão de colheita.

Todos esses processos apresentam alto custo e tem potencial de impacto enorme na produtividade final das lavouras.

Dessa forma, os responsáveis técnicos pelas lavouras produtor tem que buscar se beneficiar de sistemas de medição e monitoramento de parâmetros climáticos, principalmente para auxiliar no planejamento estratégico de sua propriedade.

Fonte: AgroReceita – Previsão Climática

O AgroReceita oferece um sistema de previsão de tempo que auxilia os especialistas nas tomadas de decisões, dando maior segurança e propiciando maior porcentagem de acerto em sua atividade.

Isso tem potencial tanto de diminuir perdas como de aumentar a eficiência de processos, diminuindo custos, aumentar a eficiência do negócio e gerando maiores lucros e maiores produtividades agrícolas.

Métricas AgroReceita: Case de sucesso

Luiz Paulo Fazião é engenheiro agrônomo e consultor agrícola na Cooperativa Média Noroeste, de Pirajuí-SP, cliente AgroReceita desde o ano de 2022. 

Eng. Agrônomo Luis Paulo Fazião – Cooperativa Agropecuária da Média Noroeste

Um dos problemas enfrentados pela Cooperativa é que estavam iniciando a comercialização de defensivos agrícolas e o maior desafio era conseguir uma plataforma simples e inteligente ao mesmo tempo, que facilitasse a emissão da receita agronômica.

Depois do AgroReceita, segundo Luiz Paulo: “não temos mais a preocupação em como trabalhar nessa parte de receituário, com burocracias e tudo mais, desde doses de produtos até equipamentos de proteção individual, a plataforma já deixa tudo pronto, e o importante, somente com cliques.”

O AgroReceita, também, tem facilitado o planejamento da compra dos defensivos da Cooperativa. Ao utilizarem os relatórios essenciais disponíveis na plataforma, Lucas informou que eles tomam como base o mês anterior em relação aos produtos mais comercializados, podendo atender melhor os cooperados, de forma que não falte produto na pronta entrega.

Os relatórios são fáceis de entender e essenciais para a melhor gestão das empresas distribuidoras de defensivos agrícolas.

Conclusão

Não é apenas em nossa vida cotidiana que os sistemas digitais têm se tornado imprescindíveis e nos auxiliado no controle e organização de tarefas cotidianas.

Na agricultura a digitalização é cada vez mais presente e pode auxiliar o produtor e os especialistas pelas lavouras em maximizar a eficiência de seu negócio, seja pela melhor organização de dados e planejamento de atividades, seja pelo impacto direto no campo.

O investimento em tecnologia é um dos motivos pelos quais o setor agrícola continua crescendo. Segundo o Índice AgroTech, que mede o nível de automação do agronegócio brasileiro, o nível de automação do agro teve um aumento de 12,5% entre 2019 e 2021. 

O AgroReceita traz soluções inovadoras para dois grandes limitadores do agronegócio brasileiro: a prescrição de defensivos agrícolas e o monitoramento de condições climáticas.

Além disso, os responsáveis técnicos pela emissão do receituário, também podem contar com a Agenda e CRM do AgroReceita, ganhando mais controle sobre os processos das vendas e mais tempo e produtividade nos atendimentos aos seus clientes.  


Essas soluções digitais têm alto retorno sobre investimento e ótimo custo-benefício, trazendo melhorias diretas no dia a dia da propriedade agrícola.

Sobre o Autor

João Paulo Pennacchi

João Paulo Pennacchi

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Lavras e Doutor em Fisiologia de Plantas pela Lancaster University.

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