Agricultura de baixo carbono: desafios e oportunidades
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Sumário
Agricultura de baixo carbono: entendendo o conceito e a importância de se adotar práticas agrícolas voltadas para uma gestão sustentável das lavouras.
A agricultura desempenha um papel importante na economia de diversos países, principalmente no Brasil, que é considerado um dos principais fornecedores de alimentos para o mundo.
No entanto, a atividade agrícola também pode trazer impactos negativos para o meio ambiente, especialmente no que diz respeito às emissões de gases de efeito estufa (GEE) que contribuem para o aquecimento global.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a agricultura é responsável por cerca de 17% das emissões globais de gases de efeito estufa.
É aí que a agricultura de baixo carbono entra em cena como uma estratégia para reduzir as emissões de GEE e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável do setor agrícola.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais!
O que é a Agricultura de baixo carbono?
A agricultura de baixo carbono representa um conjunto de práticas agrícolas estrategicamente direcionadas para a gestão sustentável da terra, visando reduzir as emissões de carbono e promover a sustentabilidade ambiental.
Além de técnicas, como: adubação verde, plantio direto, preservação de áreas de reserva e nascentes, criação de planos de recuperação de áreas degradadas e eficiente planejamento do uso de recursos hídricos, visa minimizar a pegada de carbono associada às atividades agrícolas.
Dessa forma, a agricultura de baixo carbono busca otimizar o ciclo de nutrientes, promover a biodiversidade, melhorar a saúde do solo e, ao mesmo tempo, aumentar a eficiência produtiva.
A incorporação dessas técnicas não apenas contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também fortalece a sustentabilidade econômica e social das comunidades agrícolas.
Agricultura de baixo carbono minimizando o aquecimento global
A adoção de práticas agrícolas de baixo carbono contribui significativamente para a mitigação das mudanças climáticas.
Reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, tais como o dióxido de carbono (CO2) e o óxido nitroso (N2O), a agricultura de baixo carbono desempenha um papel crucial na minimização do aquecimento global e na promoção da resiliência climática.
Além disso, a preservação da biodiversidade é uma conquista importante da agricultura de baixo carbono. A implementação de práticas sustentáveis, como a diversificação de culturas e a manutenção de áreas de preservação, contribui para a promoção da vida selvagem, polinizadores e outros elementos essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas agrícolas.
No âmbito do agronegócio, a agricultura de baixo carbono oferece vantagens significativas. A eficiência no uso de recursos, como água e nutrientes do solo, resulta em uma gestão mais sustentável dos insumos agrícolas, reduzindo desperdícios e custos.
O desenvolvimento de tecnologias e métodos inovadores, que fazem parte da abordagem de agricultura de baixo carbono, também impulsiona a modernização e a eficiência do agronegócio.
A pesquisa e a implementação contínua dessas práticas garantem a viabilidade a longo prazo do setor, alinhando-o com as demandas crescentes por alimentos de maneira sustentável.
Importante citar o trabalho da Embrapa, que possui mais de 40 projetos multidisciplinares em seu portfólio de pesquisa sobre mudanças climáticas. Ao longo do tempo, tem ampliado esforços para encontrar soluções agrícolas, colaborando com o setor produtivo e influenciando políticas públicas.
Além disso, a Embrapa também está atuando para avançar na avaliação do balanço de carbono em sistemas agrícolas, buscando representar melhor a realidade brasileira.
Tecnologias que retardam as alterações climáticas
Para resolver as alterações climáticas, a sociedade humana precisa alcançar a neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa.
Isso implica não apenas em reduzir significativamente as emissões, mas também em compensar ou remover da atmosfera a quantidade equivalente de gases liberados, adotando práticas sustentáveis, investindo em tecnologias de captura de carbono e promovendo mudanças nos padrões de consumo e produção.
Considerando que anualmente toneladas de resíduos orgânicos são descartados para decomposição, existem empresas na coleta e tratamento do carbono como a BluSky, empresa de tecnologia climática e agrícola, parceira nossa, sediada nos Estados Unidos, que aproveita os benefícios de uma tecnologia exclusiva de pirólise de biomassa para converter colheitas e resíduos em um incrível aditivo de solo, o Biochar.
O processamento adequado desses resíduos por meio da pirólise gera energia/eletricidade e retém dióxido de carbono na terra por dezenas de milhares de anos.
O Biochar aumenta significativamente o rendimento das colheitas e a eficiência do uso de água e nitrogênio (às vezes acima de 10%).
Veja no fluxograma abaixo, como a BluSky está reduzindo e revertendo as emissões removendo o dióxido de carbono da atmosfera e armazenando-o com segurança no solo:
Workflow múdulo Biochar Blusky. (Fonte: Blusky)
Para saber mais, clique no link a seguir e fale com a BluSky: Agendar horário
Conclusão
A agricultura de baixo carbono é essencial para conciliar a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do agronegócio, impactando positivamente ambos os setores.
A revitalização de pastos degradados, plantio direto e a implementação de sistemas integrados, como o ILPF-Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, são exemplos de tecnologias reconhecidas pela baixa emissão de gases de efeito estufa, proporcionando vantagens como aprimoramento da eficiência, aumento da produtividade e maior rentabilidade.
Em novembro do ano passado, o Ministério da Agricultura instalou a Câmara Temática AgroCarbono Sustentável. O objetivo é reunir os agentes do setor envolvidos no tema e centralizar os debates sobre a sustentabilidade da agricultura.
Assim como a BluSky, a AgroReceita também contribuiu para uma agricultura mais sustentável, minimizando o uso indiscriminado dos agrotóxicos.
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Sobre o Autor
Cristina Gonçalves
Relações públicas e CEO AgroReceita.
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