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Mercado de defensivos agrícolas 2025: veja como será

Defensivos agrícolas sendo aplicados na lavoura via terrestre por trator

Sumário

O mercado de defensivos agrícolas 2025 será marcado por crescimento modesto no geral e melhor desempenho dos bioinsumos, em ascensão há anos no país.

O mercado de defensivos agrícolas deve sofrer desaceleração na safra 2024/25 e ter crescimento modesto, entre 3% e 6%, segundo dados da Croplife e do Sindiveg, entidades que representam os fabricantes desses insumos no Brasil. 

Por isso, fabricantes e revendas devem enfrentar um ano desafiador, mas ainda com boas perspectivas, sobretudo com a venda de bioinsumos, cujo mercado tem projeção de crescimento de 13%, com área tratada de 155 milhões de ha.   

É importante você ficar atento aos dados e diferentes cenários para aproveitar bem as oportunidades do mercado de defensivos agrícolas, conforme você verá neste artigo!

Mercado de defensivos agrícolas 2025

Diferente de anos anteriores, quando registrou alta, diante das flutuações cambiais, crises geopolíticas e aumento do custo da matéria-prima, o mercado de defensivos agrícolas em 2025 deve crescer de forma modesta, com apenas um dígito. 

A Croplife Brasil, por exemplo, projeta para a safra 2024/25 expansão de 3%, enquanto o Sindiveg de 6%, em relação à safra 2023/24, quando foram tratados 2,2 bilhões de hectares.

A área tratada em 2025 deve ultrapassar também os 2 bilhões de hectares, de acordo com o Sindiveg, distribuídos entre soja (55%), milho (17%), algodão (8%), cana (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%) café (1%), citros (1%), arroz (1%) e outros (1%).

Aumento da área tratada com defensivos

Somente entre janeiro e setembro de 2024, o país registrou aumento de 10,9% na área tratada com defensivos agrícolas, em comparação com 2023.

A soja, o milho e o algodão são os principais impulsionadores desta expansão, sendo que a maior parte dos defensivos foi utilizada para o controle de plantas daninhas, com o uso de herbicidas (55%) liderando o uso destes produtos, seguido dos inseticidas (26%), fungicidas (20%) e tratamento de sementes (1%).  

gráfico pizza mostra o total de área tratada no Brasil — mercado de defensivos agrícolas

Soja lidera o uso de área tratada com defensivos no Brasil (Fonte: Sindiveg)

O mercado apresentou em 2024 (janeiro–setembro) valor de US$ 11 bilhões, redução de 4,7% em relação ao mesmo período de 2023, quando chegou a US$ 12,3 bilhões.

Na divisão entre as zonas produtivas do país, o valor de mercado tem sido puxado por Mato Grosso e Rondônia, com 29%, seguido de São Paulo e Minas Gerais (19%), BAMATOPIBA (14%), Paraná (10%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (9%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiânia e Distrito Federal (8%) e outros (3%).

Houve aumento da infestação por pragas, doenças e plantas daninhas nos principais cultivos, a exemplo da cigarrinha no milho verão e segunda safra, mosca branca e lagartas na soja, milho e algodão, além do bicudo do algodão.

Especificamente para o algodão, um estudo da Kynetec mostrou aumento de 9% no mercado de defensivos agrícolas na safra 2023/24.

Conforme os dados da pesquisa, o setor movimentou R$ 7,4 bilhões, ante R$ 6,8 bilhões na temporada anterior, um crescimento que está relacionado com a expansão da área plantada e o aumento de aplicações específicas.

Sexta cultura mais importante para a indústria de defensivos, a cultura do algodão alcançou área recorde de 2 milhões de hectares, 18% superior à safra 2022/23, de 1,64 milhão de hectares.

Produção recorde de grãos

O crescimento da área tratada para 2025, sobretudo com soja, milho e algodão, é resultado da expansão dessas culturas.

Para a soja, por exemplo, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê mais uma produção recorde, com área plantada de 47,4 milhões de hectares (+2,7%), produtividade de 3.509 kg/ha (+9,6%) e produção de 166,3 milhões de toneladas (+12,6%).

Ainda segundo a Conab, o plantio da safra de soja alcançou 98,5% da área prevista na primeira semana de janeiro, sendo que ainda há áreas da segunda safra, como na Região Sul, em áreas de milho, fumo e feijão, e em áreas do Maranhão e Pará.

Perspectivas para o milho 2ª safra

O milho segunda safra é uma grande oportunidade para vendas de defensivos agrícolas, sobretudo de forma antecipada.

O relatório de janeiro da Conab apontou que o plantio da segunda safra já foi iniciado de forma pontual em algumas áreas do Mato Grosso, o que irá se intensificar até fevereiro, à medida que a soja for sendo colhida.

É esperado plantio de 16,5 milhões de hectares, área 1% superior à cultivada no último ciclo. O aumento tímido é explicado pelos altos custos de produção e as cotações do cereal.

Já para o milho primeira safra (de Verão), a Conab estima plantio de 3,717 milhões de hectares, 6,4% menor que o mesmo período do ano passado, influenciado pelo baixo preço do cereal no mercado, o que fez com que os produtores buscassem alternativas mais rentáveis.

Mercado de defensivos agrícolas: oportunidades com os bioinsumos

As oportunidades com os bioinsumos seguem crescendo ano a ano no país. Em 2023, segundo a Croplife, o valor de mercado mundial foi estimado entre US$ 13 e US$ 15 bilhões, abrangendo todos os segmentos: controle biológico, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores de fósforo.

A taxa de crescimento anual global até 2032 deve ser de 13% a 14%, chegando a cerca de US$ 45 bilhões, o triplo do valor atual. 

O segmento de controle biológico é o que mais tem se destacado neste mercado, representando 57% do valor estimado, com forte tendência de continuar na liderança nos próximos anos.

De acordo com a Croplife, o crescimento projetado é baseado na expectativa de que tanto Estados Unidos quanto a Europa ampliem o uso de bioinsumos na produção de grandes culturas, a exemplo do que já ocorre no Brasil.

Na safra 2023/2024, o mercado de bioinsumos apresentou crescimento de 15%, tendo as vendas somado R$ 5 bilhões. Nos últimos quatro anos, este mercado teve aumento médio anual de 21%, quatro vezes superior à média global.

Receituário agronômico online: seu aliado no mercado de defensivos

Uma forma inteligente de atuar no mercado de defensivos agrícolas é por meio da unitização da plataforma da AgroReceita, onde você pode emitir o receituário agronômico online e sem se preocupar com a atualização da bula, já que o sistema faz isso de forma regular por cada estado da federação.

Na plataforma da AgroReceita, o seu receituário agronômico é emitido em apenas três passos, em menos de 1 minuto:

  1. Selecione a cultura, praga e a UF de aplicação. O sistema analisa os dados e exibe apenas os produtos permitidos no seu caso;
  2. Selecione os dados do Responsável Técnico pela emissão das receitas agronômicas;
  3. Selecione o produtor e o local de devolução das embalagens vazias.

Modelo de receituário agronômico preenchido

Abaixo, você encontra um exemplo de receituário agronômico preenchido, em conformidade com o Decreto Federal 4.074/02, garantindo que todas as informações obrigatórias estejam presentes para a correta recomendação e aplicação do defensivo agrícola.

Modelo de Receituário Agronômico preenchido

Modelo de Receituário Agronômico preenchido. Fonte: Agroreceita

O sistema ainda oferece ainda um CRM, onde você pode atuar de forma estratégica com as vendas da sua loja agropecuária ou revenda agrícola, a partir da análise de dados sobre produtos, clientes, demandas temporárias e perenes, o que possibilita fazer projeções de vendas.

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Conclusão

O ano de 2025 será de grandes desafios para o mercado de defensivos agrícolas, sobretudo para quem está na ponta do mercado, como as revendas e lojas agropecuárias.

Mas, se por um lado o crescimento deve ser modesto com os defensivos convencionais, bem mais otimista são as projeções de crescimento para o mercado de bioinsumos, que tem crescido no Brasil quatro vezes mais que no resto do mundo.

Assim, é de grande importância estar atento às tendências do mercado de defensivos, sobretudo bioinsumos, para aumentar as vendas da sua revenda ou loja agropecuária.

E para isso, conte sempre com a plataforma da AgroReceita, que te possibilita atuar de forma ágil e segura neste competitivo mercado de defensivos.

Sobre o Autor

Autor do texto

Mário Bittencourt

Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão.

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