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Herbicida pré-emergente para a cultura da soja

Sumário

Herbicida pré-emergente na cultura da soja: como escolher o herbicida, quais as opções de herbicidas pré-emergente e porque devemos utilizá-los.

Para obtermos as altas produtividades nas culturas agrícolas, precisamos fornecer a ela condições para que ela se desenvolva e chegue ao seu máximo potencial produtivo. Dentre os desafios para que a soja explore o seu potencial produtivo estão as plantas daninhas.

As plantas daninhas são responsáveis por grandes perdas de produtividade na cultura da soja quando não são manejadas. Mas, afinal, não é só fazer o manejo certo das plantas daninhas?

O problema aqui, é que ao longo dos anos, o manejo de plantas daninhas em culturas tolerantes ao herbicida glifosato foi ficando cada vez mais simplificado. Com isso, temos visto o aumento da seleção de plantas daninhas resistentes aos herbicidas e a redução da diversificação dos manejos adotados. Entre os manejos que vimos reduzir ao longo do tempo foi o uso dos herbicidas préemergentes.

Assim, dentre as estratégias para o controle de plantas daninhas resistentes, está o uso de herbicidas em pré-emergência.

O que preciso saber para usar um herbicida pré-emergente na soja?

O primeiro passo é saber quais as principais plantas daninhas que ocorrem na área. Com essa informação você saberá se tem mais folhas largas ou estreitas, ou ambas e, se tem problemas com plantas daninhas de difícil controle.

O segundo passo é escolher o herbicida pré-emergente registrado para o controle de plantas daninhas da área e que seja seletivo e registrado para a soja.

O terceiro passo é escolher a dose do herbicida com base na bula, e na textura e teor de matéria orgânica do solo.

O quarto passo é relacionado a tecnologia de aplicação e inclui:

  • regulagem e calibração do pulverizador;
  • condições ambientais no momento da aplicação para que o produto chegue ao solo;
  • umidade no solo, que é muito importante para os herbicidas pré-emergentes;
  • posicionamento do produto: antes ou depois do plantio.

Sabendo dos passos, vamos ver agora quais as opções de herbicidas pré-emergentes temos para a cultura da soja.

Quais são os herbicidas pré-emergentes na cultura da soja?

Para a cultura da soja temos opções de alguns mecanismos de ação como:

  • Inibidores da ALS: diclosulam, imazaquin, flumetsulam, chlorimuron e imazathapyr;
  • Inibidores da PROTOX: sulfentrazone e flumioxazin;
  • Inibidores da síntese de carotenoides: clomazone;
  • Inibidores do crescimento inicial: trifluralin e s-metolachlor.

Caso você tenha mais problemas com folhas estreitas você pode usar o clomazone, o imazethapyr, trifluralin ou s-metolachlor.

Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica).

Já, se o seu maior problema for com folhas largas, você pode usar o diclosulam, o sulfentrazone, o imazaquin, o flumetsulam ou o flumioxazin. Mas, se tiver problemas com folhas largas e estreitas, alguns destes herbicidas conseguem ajudar mais como clomazone, diclosulam, imazethapyr e sulfentrazone.

Se pensarmos nas plantas daninhas eudicotiledôneas que aparecem com maior frequência na cultura da soja, teremos a buva, o leiteiro, os carurus, as cordas-de-viola, a maria-pretinha e a poaia-branca.

Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica).

Pensando na escolha de um dos herbicidas pré-emergentes para a soja para o controle destas espécies teremos (considerando controles acima de 90%):

  • buva: diclosulam;
  • carurus: diclosulam, sulfentrazone, imazethapyr, flumioxazin ou chlorimuron;
  • poaia-branca: sulfentrazone, diclosulam ou flumioxazin;
  • leiteiro: imazethapyr, sulfentrazone ou diclosulam;
  • cordas-de-viola: diclosulam, sulfentrazone, flumioxazin, chlorimuron ou imazethapyr;
  • maria-pretinha: imazethapyr, sulfentrazone ou flumioxazin.

Já, se pensarmos nas plantas daninhas monocotiledôneas que aparecem com maior frequência na cultura da soja, teremos o capim-pé-de-galinha, o capim-amargoso, o capim-marmelada e capim-colchão. Para estas espécies podemos considerar:

  • capim-amargoso: trifluralin;
  • capim-pé-de-galinha: s-metolachlor ou trifluralin;
  • capim-marmelada (papuã): s-metolachlor, trifluralin, imazethapyr ou flumioxazin;
  • capim-colchão (milhã): s-metolachlor, trifluralin, imazethapyr ou flumioxazin.

Para a consulta fitossanitária dos herbicidas para o controle das plantas daninhas na soja, você pode utilizar o Compêndio Agrícola da AgroReceita.  Preencha o formulário abaixo e comece já.

Além dos ingredientes ativos isolados também podemos optar por misturas prontas como:

  • diuron + sulfentrazone;
  • imazapyr + imazethapyr;
  • flumioxazin + pyroxasulfone;
  • chlorimuron + imazethapyr;
  • metribuzin + s-metolachlor;
  • imazethapyr + sulfentrazone;
  • imazethapyr + flumioxazin.

As misturas prontas nos ajudam a manejar as plantas daninhas resistentes quando nelas constam herbicidas de diferentes mecanismos de ação.

Vamos ver algumas opções de misturas prontas para a cultura da soja.

Misturas prontas de herbicidas pré-emergentes para a cultura da soja

1 - Sulfentrazone + diuron

Mecanismos de ação: inibidor da PROTOX (sulfentrazone) e inibidor do FSII (diuron).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de espécies eudicotiledôneas e de monocotiledôneas, nas culturas do café, cana-de-açúcar, citros, eucalipto e soja.

Plantas daninhas controladas: buva, capim-amargoso, capim-colchão, capim-pé-de-galinha, trapoeraba, leiteiro, caruru-roxo e caruru-de-mancha.

2 - Flumioxazin + s-metolachlor

Mecanismos de ação: inibidor da PROTOX (flumioxazin) e inibidor de ácido graxos de cadeia muito longa (s-metolachlor).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de eudicotiledôneas e monocotiledôneas.

Plantas daninhas controladas: capim-amargoso, capim-colchão, trapoeraba, poaia-branca, erva-quente, capim-pé-de-galinha, corda-de-viola, guanxuma e picão-preto.

3 - Pyroxasulfone + flumioxazin

Mecanismos de ação: inibidor da PROTOX (flumioxazin) e inibidor de ácido graxos de cadeia muito longa (pyroxasulfone).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de espécies eudicotiledôneas e monocotiledôneas.

Plantas daninhas controladas: leiteiro, buva, capim-colchão, corda-de-viola, guanxuma, picão-preto, capim-carrapicho, capim-pé-de-galinha, caruru-de-mancha, trapoeraba, azevém e capim-braquiária.

4 - Sulfentrazone + imazethapyr

Mecanismos de ação: inibidor da PROTOX (sulfentrazone) e inibidor da ALS (imazethapyr).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de espécies eudicotiledôneas e monocotiledôneas, na cultura da soja.

Plantas daninhas controladas: leiteiro, buva, corda-de-viola, picão-preto, capim-carrapicho, capim-pé-de-galinha, caruru, erva-de-touro, capim-amargoso, trapoeraba e capim-marmelada.

5 - Metribuzin + s-metolachlor

Mecanismos de ação: inibidor do FSII (metribuzin) e inibidor de ácidos graxos de cadeia muito longa (s-metolachlor).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de espécies eudicotiledôneas e monocotiledôneas, na cultura da soja. 

Plantas daninhas controladas: capim-amargoso, caruru-roxo, caruru-de-mancha, capim-carrapicho e capim-pé-de-galinha.

6 - Fomesafen + s-metolachlor

Mecanismos de ação: inibidor da PROTOX (fomesafen) e inibidor de ácidos graxos de cadeia muito longa (s-metolachlor).

Recomendado para: herbicida seletivo, indicado para uso em pré-emergência no controle de espécies eudicotiledôneas e monocotiledôneas, na cultura da soja. 

Plantas daninhas controladas: capim-amargoso, caruru-roxo, caruru-de-mancha, caruru-gigante, capim-carrapicho e capim-pé-de-galinha.

Plantio de soja no limpo e uso de herbicidas pré-emergentes.

Quais as características destes herbicidas?

Os herbicidas pré-emergentes são produtos bem técnicos. Alguns pontos precisamos saber para garantir sua eficácia. Olhando na tabela podemos ver as características físico-químicas de alguns dos herbicidas pré-emergentes. Veja que a solubilidade em água varia entre eles.

Herbicidas com maior solubilidade em água precisam de menor quantidade de umidade para ficaram disponíveis na solução do solo. Já, herbicidas com baixa solubilidade em água vão precisar de maior quantidade de água para ficarem disponíveis, por isso são mais utilizados em épocas de chuvas.

Sw: solubilidade em água; Kow: coeficiente de partição octanol-água; Koc: coeficiente de sorção normalizado para carbono orgânico do solo; pKa: capacidade de dissociação eletrolítica.

O Koc nos mostra se o produto vai ficar mais ou menos adsorvido aos coloides do solo, como argila e matéria orgânica. Quanto maior o Koc, mais preso o herbicida fica ao coloide. Mais um ponto importante é o tempo de meia-vida do herbicida.

Ao escolher um ingrediente ativo, queremos que ele fique ativo e controlando as plantas daninhas até o final do período crítico de prevenção à interferência (PCPI). Caso esse tempo ativo no solo ultrapasse o ciclo da cultura, poderemos ter problemas com residual do herbicida no solo.

O residual do herbicida que fica no solo e causa problemas na próxima cultura e chamado de carryover. Olhando a tabela, você pode perceber que alguns herbicidas têm o tempo de meia-vida longo, o que consequentemente dará a ela uma persistência maior no solo.

A persistência do herbicida no solo depende de outros fatores como:

  • dose do herbicida utilizada;
  • tempo de meia-vida;
  • condições ambientais, principalmente temperatura e umidade;
  • microrganismos no solo.

Conclusão

Os herbicidas pré-emergentes precisam e estão sendo utilizados novamente, principalmente para áreas com plantas daninhas resistentes aos herbicidas.

Para escolha do herbicida devemos considerar as plantas daninhas presentes na área. Entre as opções de herbicidas para a cultura da soja temos o sulfentrazone, imazethapyr, diclosulam, flumioxazin, flumetsulam, imazaquin, clomazone, trifluralin e s-metolachlor.

Sobre o Autor

Ana-Ligia

Ana Lígia Giraldeli

Engenheira Agrônoma formada na UFSCar. Mestra em Agricultura e Ambiente (UFSCar), Doutora em Fitotecnia (Esalq-USP) e especialista em Agronegócios.

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